Volumen 14 - Privado: Número 41

La fabricación abierta: ¿un camino alternativo a la industria 4.0?


Raúl Tabarés Gutiérrez

Desde comienzos de la década del 2010, el concepto de “Industria 4.0” ha ganado popularidad en Europa para referirse a un tipo de factoría automatizada, digitalizada, modulable y flexible, capaz de hacer frente a las necesidades de un ecosistema productivo cada más exigente y cambiante. Pese a que el término fue acuñado inicialmente por el gobierno alemán, este vocablo ha sido ampliamente aceptado en el Viejo Continente, desarrollándose programas de apoyo específicos en cada país, en concordancia con la estrategia de digitalización de la industria que promueve la Comisión Europea. Pero esta transición hacia la fábrica conectada enfrenta multitud de retos que están lejos de ser resueltos a corto plazo. Al mismo tiempo, podemos observar que una nueva cultura de fabricación está surgiendo al albor del “movimiento maker”, a través de espacios de producción emergentes como makerspaces y fab labs, los cuales producen itinerarios de desarrollo tecnológico alternativos. En esta contribución se explora el surgimiento de la “fabricación abierta” y su papel de cara al empoderamiento de la ciudadanía a través de la tecnología, ante la necesidad de anticiparse y prever las brechas digitales que muy probablemente produzca la Industria 4.0.

Palabras clave: DIY; apropiación social; cultura digital; movimiento maker


Fabricação aberta: um caminho alternativo para a indústria 4.0?

Desde o início da década de 2010 o conceito de “Indústria 4.0” ganhou popularidade na Europa para se referir a um tipo de fábrica automatizada, digitalizada, modulável e flexível, capaz de atender às necessidades de um ecossistema produtivo cada vez mais exigente e mutável. Embora o termo tenha sido inicialmente cunhado pelo governo alemão, essa palavra foi amplamente aceita no velho continente, desenvolvendo programas específicos de apoio em cada país, de acordo com a estratégia de digitalização da indústria promovida pela Comissão Europeia. Mas essa transição para a fábrica conectada enfrenta uma infinidade de desafios que estão longe de serem resolvidos em curto prazo. Ao mesmo tempo, podemos observar de que forma uma nova cultura de fabricação está surgindo no alvorecer do “movimento maker”, e através de espaços de produção emergentes como makerspaces e fab labs, os quais produzem itinerários alternativos de desenvolvimento tecnológico. Nesta contribuição explora-se o surgimento da “manufatura aberta” e seu papel diante do empoderamento da cidadania por meio da tecnologia, devido à necessidade de antecipar e prever as brechas digitais que a Indústria 4.0 provavelmente produzirá.

Palavras-chave: DIY; apropriação social; cultura digital; movimento maker


Open Manufacturing: An Alternative Path to Industry 4.0?

Since 2010, the “Industry 4.0” concept has gained popularity in Europe for framing a kind of automated, digitized, modular and flexible factory that can meet the needs of an increasingly changeable and challenging production ecosystem. Although the term was initially coined by the German government, the concept has been widely accepted in the rest of the continent and each Member State of the European Union has developed specific national programs aligned with the strategy of industrial digitization that is currently promoted by the European Commission. But this transition to the smart factory faces several challenges that are far from being solved in the short term. At the same time, we can observe that a new manufacturing culture is emerging due to the “maker movement”, thanks to emerging production spaces, such as makerspaces and fab labs, which are creating alternative technological development pathways. This paper explores the emergence of “open manufacturing” and its role in empowering citizenship through technology, trying to anticipate and prevent the digital divides that the Industry 4.0 is likely to produce.

Keywords: DIY; social appropriation; digital culture; maker movement


Raúl Tabarés Gutiérrez: investigador en Fundación Tecnalia Research & Innovation, España. Correo electrónico: raul.tabares@tecnalia.com.


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